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Curiosidades

Francisco da Silva Araújo, um ilustre sacavenense com um currículo impressionante como mecânico de alta competição no ciclismo. Com 42 Voltas a Portugal em Bicicleta, 23 Campeonatos do Mundo, 6 Tours, 4 Vueltas e ainda a participação nos Jogos Olímpicos de Atlanta.

Pelo meio, milhares de outras provas, clássicas e por etapas, dezenas de distinções e a grande honra de ter sido considerado pelo jornal francês L’Equipe e pela Televisão Francesa dois anos consecutivos (1982 e 1983) o melhor mecânico do mundo velocipédico.

Refere ser um trabalho completamente diferente do que um mecânico de oficina tem. As medições tem que ser tiradas ao milímetro, exige todo um trabalho ao pormenor. Diz que quando começou os raios as rodas das bicicletas de alta competição partiam-se com muita facilidade, e ninguém entendia o porquê. Acabou por estudar, investigar e criou um tipo de raios novos quando exercia funções na fábrica de bicicletas Mavic, em França. Ainda hoje usado por todos os mecânicos portugueses e estrangeiros.

Desde 63/64 que, em Portugal, talvez fosse a pessoa que mais percebia de bicicletas em Portugal. Ainda assim, diz que só com a ida a França se aperfeiçoou no ofício.

Em Portugal, consertava todo o tipo de material. Em França era completamente o oposto, quando alguma coisa se partia deixavam de a utilizar e compravam uma nova.

E curioso, Francisco Araújo diz que chega a receber telefonemas de colecionadores estrangeiros a pedirem dados, pois a própria Federação Portuguesa de Ciclismo não tem tanta informação disponível.

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